Animais

Extinção é para sempre

A maioria dos animais silvestres habitam as matas, onde passam quase todos os seus momentos . Alguns utilizam as florestas somente para se alimentar; outros , somente como abrigo.

Muitos, como a preguiça-de-coleira, que nem sequer possui valor econômico, estão em extinção por causa do extenso e indiscriminado desmatamento de nossas florestas.

Queimadas, essas florestas dificilmente serão recuperadas, porque o fogo, além de eliminar uma parte da matéria orgânica do solo, também destrói as sementes que as árvores adultas deixam cair no chão e as pequenas mudas em princípio de desenvolvimento.

Por fim o fogo queima e mata muitos animais que não conseguem escapar a tempo das áreas de queimada. Outros conseguem fugir, mas morrem pouco tempo depois, por não encontrarem outro abrigo e alimento.

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Uma vez extinta uma espécie animal ou vegetal, não existe mais possibilidade de recuperá-la. Não conhecendo sequer o número de espécies vegetais e animais existentes no planeta, assim como a sua utilidade, o homem não deveria correr o risco de perdê-las definitivamente.

CAÇA E PESCA PREDATÓRIAS

A fauna brasileira é riquíssima numa grande variedades de animais do mais alto interesse científico, cultural e econômico. E é por seu valor monetário de muitos de nossos animais são abatidos , sem respeito a seus períodos de reprodução, expondo muitas espécies ao risco da total extinção.

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Entre os mais caçados estão as emas e araras, para a retirada das penas; as tartarugas, para a utilização de carne e do casco; os jacarés e as lontras, para usa da pele na confecção de casacos, sapatos e bolsas.

Para se ter uma idéia da quantidade de animais mais abatidos, 2.500 pessoas foram detidas no pantanal, somente em 1991, por comercializarem peles do jacaré-de-papo-amarelo, uma espécie em extinção.

Dentre elas estão relacionados alguns animais em risco de extinção, como a onça-pintada (Panthera onca palustris), o tamanduá-bandeira (Mymecophaga tridactyla), o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) e a ariranha (Pteronura brasiliensis).Esta última foi considerada extinta na região por causa da caça comercial por sua pele, permitida até 1967. Hoje a população está voltando a crescer, auxiliadas pelo aumento nas áreas preservadas, que fornecem habitat ideal para sua sobrevivência. O maior felino brasileiro, a onça-pintada, pode atingir até 130 quilos, e precisa de um território de 25 a 50 quilômetros quadrados para viver. Grande predadora, a onça-pintada inclui em sua cadeia alimentar animais como gado bovino e cachorro doméstico, anta (Tapirus terrestris), cervo-do-Pantanal (Blastocerus dichotomus), ariranha, macacos, porcos-do-mato (Tayassu tajacu), cágados, jacarés e capivaras (Hydrochaeris hydrochaeris).

Desde a sua descoberta, em 1500, o Brasil já perdeu uma grande parte de suas riquezas naturais. No começo era a extração do pau-Brasil e de diferentes produtos da mata atlântica. Com o passar do tempo, recursos como o ouro e outros minérios foram deixando para sempre a colônia. Em seu lugar, ficaram áreas esburacadas, solo esgotado e pobreza.

Mas, já em 1797 nossos próprios colonizadores, na pessoa da rainha de Portugal começava a preocupar-se com a destruição praticada aqui. Num trecho de carta escrita pela monarca ao então governador da capitania da Paraíba, Fernando Delgado Freire de castilhos, ela lhe pedia para “tomar todas as precauções para a conservação do Estado do Brasil e evitar que elas se arruinassem(…) estabelecendo as mais severas penas contra os incendiários, destruidores da mata”. As recomendações pelo jeito não foram seguidas…

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