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Você gostaria de encontrar a árvore da morte?

Conheça a árvore da morte. Comer seu fruto pode ser fatal. Saiba mais!

A árvore da morte, cujo nome científico é Hippomane mancinella, é nativa da Mesoamérica e das ilhas do Mar do Caribe. Esta árvore enigmática tem sido protagonista de inúmeras histórias. Algumas deles são bem conhecidas, como a do espanhol Juan Ponce de León, primeiro governador de Porto Rico, que morreu depois de ser atingido pela flecha envenenada com a seiva desta árvore misteriosa.

Outros relatos apontam que alguns povos indígenas usaram a árvore como uma punição para amarrar suas vítimas. Mas, sem dúvida, era a seiva dessa árvore que era utilizada para envenenar as pontas das flechas. Assim, os nativos conseguiram ser mais eficazes na batalha.

Fruto 1

Embora tenha sido um pouco complicado investigar a veracidade dessas histórias, em muitos lugares são colocadas uma placa ou algum sinal de alerta para prevenir qualquer risco que essa árvore possa causar.

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Esta árvore geralmente cresce nas margens das praias paradisíacas. Seus grandes ramos são ideais para se proteger do sol, suas raízes são enterradas na areia e seus frutos são muito semelhantes às maçãs. Apesar de sua aparência inofensiva, esta árvore é reconhecida pelo Guinness Record como a mais perigosa do mundo.
A árvore da morte também é conhecida como camomila da morte, camomila quadrada ou camomila de areia. Com apenas um toque, sua pele pode ficar fortemente irritada. A razão? A seiva láctea desta árvore contém um poderoso componente irritante chamado phorbol. A seiva desta árvore é tão poderosa que, pode gerar uma forte erupção cutânea, já que até mesmo a seiva diluída é extremamente tóxica.

Embora o contato com este tipo de árvore possa ser prejudicial para a saúde, ele também não chega ao ponto de ser fatal. O que é realmente perigoso é comer seus frutos, pois pode resultar em vômitos e diarreia tão graves que podem levar à desidratação que colocaria em perigo a vida, se não receber atendimento médico.

Arvore da Morte, Hippomane mancinella

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Nesse sentido, encontramos a história de John Esquemeling, autor de alguns dos livros mais importantes sobre a pirataria do século XVII:

“UM DIA, QUANDO FIQUEI EXTREMAMENTE ATORMENTADO POR MOSQUITOS E GNATS, E AINDA IGNORANTE SOBRE A NATUREZA DESTA ÁRVORE, CORTEI UM RAMO PARA ME SERVIR, MAS MEU ROSTO SE ENCHEU DE BOLHAS, COMO SE EU TERIA ME QUEIMADO, A TAL PONTO QUE FIQUEI CEGO POR TRÊS DIAS”

A radiografia britânica Nicola Strickland também compartilhou sua experiência quando, em 1999, ela passou férias com um amigo na paradisíaca ilha de Trinidad e Tobago.

Fruto da arvore da morte

“EU MORDI A FRUTA E PROVEI AGRADAVELMENTE DOCE. MEU AMIGO TAMBÉM FEZ ISSO. MAIS TARDE, PERCEBEMOS UM SABOR PICANTE EXTRAVAGANTE NA NOSSA BOCA, QUE GRADUALMENTE AVANÇOU PARA UMA SENSAÇÃO DE QUEIMAÇÃO, RASGAMENTO E UM APERTO NA GARGANTA (…) OS SINTOMAS PIORARAM DURANTE AS PRÓXIMAS DUAS HORAS ATÉ QUE MAL PUDEMOS ENGOLIR COMIDA SÓLIDA PORQUE A DOR ERA INSUPORTÁVEL E A SENSAÇÃO DE UM GRANDE NÓ QUE NOS OBSTRUÍA A GARGANTA”.

Felizmente, os sintomas começaram a desaparecer em 8 horas, depois que ambos beberam leite. No entanto, é importante estar ciente e ter cuidado, especialmente quando se trata de comer frutas desconhecidas, uma vez que as consequências podem ser fatais.

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