Ciências

Estudo comprova que materiais substitutos do BPA também causam problemas à saúde humana

Matérias-primas que substituíram os plásticos com Bisfenol A podem causar os mesmos problemas de saúde. Saiba mais!

Há bastante tempo a sociedade científica vem discutindo e estudando os problemas de saúde causados pela presença do Bisfenol A na composição de plásticos usados como embalagens. Depois de muito estudo, constatou-se que este tipo de material causa diversos danos à saúde humana e, por isso, o BPA passou a ser substituído por outros materiais, como o BPS, por exemplo. Acontece que agora um estudo comprovou que esta substância é tão tóxica e prejudicial quanto o BPA.

O Bisfenol A, ou BPA, é um produto químico feito pelo homem. Trata-se de um plastificante usado em diversos produtos de consumo e exposição diária na vida humana. O grande problema é que o BPA é absorvido pela pele humana e causa contaminação.

Normalmente, a ingestão dessa substância tóxica acontece por meio de recipientes de plástico usados para armazenar comida. Estudos comprovaram que o BPA é perigoso para a nossa saúde e pode afetar principalmente a capacidade de reprodução humana, prejudicando a produção de óvulos e espermatozoides.

Além disso, o BPA contamina o meio ambiente, e altera as glândulas endócrinas, como a tireoide, o timo, a suprarrenal, o pâncreas, os testículos e os ovários. O BPA também tem efeitos no cérebro, coração, pulmão, próstata, glândula mamária, entre outros sistemas e tecidos do corpo humano.

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Garrafas bpa free

Como substituto, a indústria passou a usar o Bisfenol S, que é semelhante ao BPA e também causa problemas na produção de óvulos e espermatozoides. Os cientistas passaram, então, a analisar os efeitos de, pelo menos, quatro tipos de bisfenóis e descobriram que todos eles têm impacto negativo sobre a reprodução e a produção de espermatozoides e óvulos.

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A possibilidade de que os efeitos da exposição ao BPA possam abranger gerações tem sido uma preocupação crescente. As pesquisas indicam que a substância tem sim o potencial danoso de atingir muitas gerações de um mesmo grupo. Os dados sugerem a persistência dos efeitos por até três gerações, com recuperação total evidente apenas nos bisnetos.

Homem com uma garrafa de água

Os pesquisadores afirmaram que o processo de produção de óvulos e esperma é rigidamente controlado por sinais hormonais complexos. Isso o torna vulnerável a substâncias químicas desreguladoras do sistema endócrino, como é o caso dos bisfenóis. Essas substâncias químicas podem interferir diretamente nos hormônios do nosso corpo, provocando diversos problemas de saúde.

Por isso, a orientação dos médicos e nutricionistas é que evitemos utilizar produtos e materiais que contenham bisfenol, já que esta substância é conhecida como um dos mais tóxicos e perigosos disruptores endócrinos para o nosso organismo.

Fonte: The Conversation.

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