Ciências

Estudo nega que seres humanos possam distinguir 1 trilhão de odores

Pesquisa da Universidade do Arizona discorda da afirmação de que seres humanos conseguem sentir 1 trilhão de cheiros.

Um estudo da Arizona State University, dos Estados Unidos, comandado pelo pesquisador Rick Gerkin, discordou de achados públicos divulgados pela revista Science que afirmavam que os humanos poderiam cheirar pelo menos 1 trilhão de odores. Um novo estudo publicado na eLife, apresentou vários argumentos para demonstrar que o número de odores captados pelos seres humanos ainda é desconhecido.

O pesquisador da Universidade do Estado do Arizona colocou em dúvida os resultados recentes de que o nariz humano seria capaz de distinguir pelo menos 1 trilhão de odores. Rick Gerkin, um professor assistente de pesquisa da Escola de Ciências da Vida, disse que os dados utilizados no estudo divulgado no ano passado não suportam esta afirmação.

De acordo com Gerkin, os resultados do estudo de 2014, publicado na revista Science, já estão fazendo parte de livros didáticos de neurociência, mas ainda é preciso mais estudos para determinar a capacidade do olfato humano. “Não concordamos com vários aspectos do estudo de 2014,” disse Gerkin, que é co-autor, juntamente com Jason Castro, de um novo estudo sobre o tema.

“Em primeiro lugar, a afirmação de que os seres humanos podem discriminar pelo menos 1 trilhão de odores é baseada em uma estrutura matemática frágil. Assim, o resultado em questão poderia ser maior ou menor”, disse o pesquisador. “Nós também apontamos que a conclusão da pesquisa de 2014 baseia-se fortemente em suposições sobre a percepção do cheiro”, concluiu Jason Castro.

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Gerkin e Castro mostraram em seu estudo que a tese de 2014 utilizou uma análise estatística ligeiramente mais conservadora. Segundo Gerkin, o número de odores que os humanos podem discriminar deve ser analisado sob uma compreensão mais profunda do olfato, levando-se em conta a saúde olfativa e as doenças do cheiro.

O pesquisador Rick Gerkin estuda como a percepção olfativa, o aprendizado e o comportamento são codificados no cérebro. Ele também atua na área de neuroinformática, que é o desenvolvimento de ferramentas e padrões para facilitar a coleta, curadoria, divulgação e análise de modelos e dados da neurociência.

Fonte: Asunews.

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