Cotidiano

Estudo revela maior causa de obesidade e não tem nada a ver com ‘comer demais’

Provavelmente você já deve ter ouvido comentários sobre a obesidade em algum momento da vida. Seja você uma pessoa gorda ou não, com certeza já viu alguém fazendo comentários, ou talvez já tenha feito. Existem muitos preconceitos relacionados a obesidade, o que prejudica a qualidade de vida de quem esta acima do peso.

Além disso, um outro grande problema, é a quantidade de informações imprecisas que circulam no senso comum. Você provavelmente já ouviu alguém relacionando o sobrepeso com o fato de que alguém “come demais”, não é mesmo? “É só fechar a boca” ou “fulano não para de comer” também são bastante comumente vistos.

Esse é um preconceito comum que assola a vida de quem esta acima do peso. Especialmente quando essa pessoa decide tentar perder peso, fatalmente vai ser alvo de comentários dos “sabichões” da nutrição. No entanto, um novo estudo aponta que esses “sabichões”, não sabem de nada.

A pesquisa foi publicada no The American Journal of Clinical Nutrition e aponta que a quantidade de comida ingerida não é a principal causa de obesidade. O que o estudo revelou foi que a quantidade, neste caso, é secundária a qualidade. Isto é, a qualidade daquilo que você ingere é muito mais relevante do que apenas a quantidade.

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Um exemplo bastante prático quanto a isso é o seguinte: imagine que alguém ingira uma tigela de salada de frutas, agora imagine que alguém ingira a mesma quantidade, só que de salgadinho fritos de festa. Consegue perceber que não se trata apenas da quantidade? Muitos outros fatores ainda atravessam essa relação.

Problema de saúde pública nos EUA

As taxas de obesidade e obesidade infantil no Brasil chamam a atenção, mas não chega nem perto do que se observa nos Estados Unidos. O motivo para isso são justamente os hábitos alimentares. O país sofre com um problema crônico de desnutrição, com sua população extremamente viciada em fast-foods, enlatados e comidas industrializadas, de forma geral.

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Segundo a pesquisa, uma grande causa para esse problema de obesidade no país é a qualidade daquilo que os estadunidenses ingerem. A dieta se baseia em alimentos altamente glicêmicos. Neste caso, os maiores vilões costumam ser os carboidratos de “rápida digestão”.  A pesquisa revelou que esses alimentos atuam diretamente no desenvolvimento do corpo.

Quando você ingere um alimento de carboidrato rapidamente digerido, alguns efeitos químicos acontecem no seu corpo: a diminuição do glucacon, aumento da insulina, enfraquecimento de músculos e outros tecidos, além de outros efeitos. O resultado de tudo isso é o enfraquecimento do corpo que será seguido pela sensação de fome, porque seu cérebro interpreta todos esses fenômenos dessa forma.

O resultado desses alimentos é uma alteração hormonal que estimula o metabolismo e podem, inclusive, aumentar a concentração de gordura no corpo. Quebrar com a relação imediata entre quantidade de comida e obesidade é necessário porque esse é o primeiro passo para falar sobre a qualidade daquilo que se come.  Outro exemplo prática: ainda que você coma “só” um hambúrguer por dia, ainda assim essa dieta pode te fazer mal. Comer um hamburguer por dia pode parecer pouco e razoável, mas deixa de ser quando é um hábito diário.

Sobre o Autor

Roberta M.

Gosto de escrever sobre diversos assuntos, principalmente curiosidades e tecnologia. Contato: [email protected]