Cotidiano

O triste fim do fundador da ‘empresa mais feliz do mundo’

Talvez você nunca tenha ouvido falar de Tony Hsieh. No entanto, a trajetória dele esta marcada na história dos grandes negócios. Hsieh foi um empresário norte-americano de origem taiwanesa que ousou inovar. Filho de pais asiáticos, ele aprendeu desde cedo que deveria trabalhar duro.

Seus pais tinham a esperança de que Hsieh conseguisse um bom trabalho, mas ele quis ir além. Ainda jovem, decidiu que seu sonho era se tornar rico e, dali em diante, passou a trabalhar para isso. Logo após se formar em Havard, criou sua primeira empresa de sucesso. Em menos de dois anos de operação, a LinkExchange acabou comprada pela Microsoft pelo exorbitante valor de US$ 265 milhões.

Hsieh havia alcançado seu sonho: ele estava rico, milionário. No entanto, comentando a decisão de vender a empresa, ele revelou que o dinheiro não foi a maior motivação. No fundo, ele havia se desmotivado com o projeto porque já não se sentia mais feliz.

O verdadeiro motivo foi simplesmente que não era mais um lugar divertido para se trabalhar (…) Trabalhávamos o dia todo, dormíamos embaixo da mesa, não sabíamos que horas eram, tentávamos nos lembrar de tomar banho de vez em quando“, revelou anos mais tarde.

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A empresa havia crescido além do imaginado, Hsieh precisou contratar pessoas que não conhecia e tudo isso gerou um ambiente onde ele não conseguia ser feliz. A decisão foi tomada com seus amigos, cofundadores do grupo. Mas o que viria pela frente? Hsieh logo se tornou dono de outra marca, ao se tornar um dos fundadores da Zappos.

Focada no e-commerce, a empresa se tornou um sucesso bombástico. Com uma política de atendimento muito diferente de todas as concorrentes, logo a empresa caiu no gosto da população dos Estados Unidos e virou a “Amazon dos calçados”.

Visão de Hsieh, frustração e morte

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Por anos, a Zappos foi considerada a empresa “mais feliz do mundo”. Esse título se devia não apenas a política com clientes, mas também o ambiente interno da empresa. Hsieh acreditava em métodos pouco comuns de contratação e a empresa peneirava dezenas de milhares de currículos, todo ano.

Hsieh sempre defendeu um modelo de empresa sem hierarquia e, dentro da Zappos, tentou implantar esse modelo. No entanto, o tempo acabou mostrando que esse tipo de sistema não funciona numa empresa de grande porte em uma sociedade capitalista. A maioria dos funcionários, ao contrário do que Hsieh esperava, estava ali não apenas pelo “ideal comum”, mas pelo conjunto.

Hsieh acreditava na “holocracia”, um modelo sem chefes ou hierarquia. No entanto, a Zappos acabou se tornando uma grande frustração. Depois disso, bastaram dois anos para que Hsieh deixasse a empresa. Em 2020, abatido e frustrado, continuou investindo em seu modelo de holocracia.

No entanto, o fundador da empresa mais feliz do mundo teve um fim tráfico. Hsieh morreu por inalação de fumaça, após um incêndio no galpão do rancho onde morava. Até hoje não se sabe se foi um acidente ou suicídio. Hsieh morreu deprimido aos 40 anos, depois de realizar seu sonhos de se tornar rico e defender a “felicidade” no ambiente de trabalho a vida toda.

Sobre o Autor

Roberta M.

Gosto de escrever sobre diversos assuntos, principalmente curiosidades e tecnologia. Contato: [email protected]