Cotidiano

Como chip de rastreamento pode ter exposto comércio ilegal de carne de cachorro

Um caso de aparente intoxicação alimentar acabou se tornando um caso de saúde pública em Santiago, no Chile. A mãe de uma menina procurou as autoridades depois de encontrar um chip no estômago da criança. A mãe relatou que havia comprado um espetinho de rua para a filha e que, logo depois, a menina começou a apresentar dores abdominais. Na unidade, surgiu a suspeita de que o espetinho pode ter sido feito com carne de cachorro. Mas como essa suspeita foi levantada?

A menina passou por atendimento médico e, felizmente, se recupera bem. No entanto, foi encontrado no estômago da criança um chip usado para o rastreio de animais domésticos, geralmente usado em cães. Como a menina havia sofrido com dores abdominais após se alimentar e a comida tinha sido um espetinho de rua, a suspeita logo foi levantada. O caso foi denunciado as autoridades e tem ganho cada vez mais repercussão.

Uma das vereadoras da cidade, Michelle Tabilo Gatica, tem agido ativamente para que o episódio seja investigado. “Solicitei fiscalização de alimentos no comércio ilegal, mas, como recomendação, não comam nada na rua, e por favor cuidem dos seus animais de estimação”, diz um longo texto publicado pela parlamentar no facebook.

Após a ação da vereadora, o caso continuou ganhando repercussão e provocou uma ação de fiscalização da Secretaria de Saúde. Agentes da pasta estiveram no local onde a menina comeu o espetinho e fizeram uma vistoria da carne e dos materiais usados. No twitter, o subprefeito da cidade compartilhou fotos da ação e escreveu algumas mensagens em relação a ação. Barracas e vendedores ambulantes em irregularidade foram retirados das ruas.

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A prefeitura decidiu ir ainda mais longe e determinou a proibição da venda de carne na rua, em reação ao episódio. O caso tem gerado grande repercussão e dividido opinião na cidade. Existem pessoas que duvidam da notícia envolvendo a criança e relatam que não seria possível, uma vez que os chips de rastreamento são aplicados sob a pele e antes de penetrar na carne do animal.

Os chips de rastreamento são muito usados em animais domésticos, mas também tem uso recomendado em outros casos, como em casos de pesquisa envolvendo animais selvagens, dentre outros. No caso em Santiago, a suspeita é que a menina tenha ingerido o chip enquanto comia o churrasco, que deveria ser de carne bovina mas, ao que tudo indica, era de cachorro.

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Uma das principais preocupações envolvendo esse tipo de caso é a questão sanitária. O comércio de carne clandestina dificilmente segue critérios de higiene e conservação, o que resulta em grandes riscos de contaminação alimentar. Em muitos países, o consumo de carne de cachorro chega a ser ilegal, independente das condições de conservação e higiene. No Chile, o caso tem dado o que falar. A cidade de Santiago é a capital do país e uma das mais importantes de toda a região, tendo grande importância em todos os aspectos do país. Com a repercussão, o caso tem dado o que falar também internacionalmente.

Sobre o Autor

Roberta M.

Gosto de escrever sobre diversos assuntos, principalmente curiosidades e tecnologia. Contato: [email protected]