Dependendo do lugar que você mora, se já passou pelo processo de urbanização, provavelmente dispõe do serviço de coleta de lixo. Esse é um serviço fundamental para o funcionamento das cidades, embora nem todo mundo saiba apreciar os trabalhadores. É impossível imaginar uma cidade sem o serviço de coleta de lixo, especialmente se for uma grande cidade.
Para se ter ideia disso, basta se lembrar de como o Rio de Janeiro ficou nos primeiros meses do ano de 2014. Naquela ocasião, os garis deflagraram greve e deixaram a maior parte da cidade sem coleta de lixo. O resultado? Ruas entulhadas de lixo, mau cheiro e um carnaval marcado pela presença de sacos e mais sacos de lixo. O fim daquele embate acabou sendo favorável aos trabalhadores, com a prefeitura da cidade cedendo a muitas de suas reivindicações.
Mas você consegue imaginar como era esse tipo de setor nas civilizações antigas? O Egito, por exemplo, foi uma das maiores civilizações pré-mundo moderno. O tamanho do Império era impressionante, a complexidade também. Não é nenhum absurdo ter curiosidade sobre como funcionava o descarte de lixo. Afinal de contas, lixo é uma consequência humana. É claro que naquela época não haviam plásticos, por exemplo, mas havia matéria orgânica e outros materiais, como papel, cerâmica e tecido, que eventualmente precisavam ser descartados.
Talvez algumas respostas, referentes a essas perguntas, jamais serão encontradas. Ainda assim, algumas descobertas nos apontam algumas respostas. Um grupo de arqueólogos, por exemplo, descobriram este ano uma tumba egípcia repleta de lixo. A descoberta foi feita por acaso, especialmente porque não é algo comum. O grupo de pesquisa, composto por arqueólogos e outros cientistas, explorava a tumba da Faraó Hatshepsut.
A tumba foi descoberta quando os pesquisadores trabalhavam no culto de Hathor. Este é um complexo de grande dimensão, descoberto anos atrás, e que esta em processo de restauração para que seja aberto ao público como uma opção de turismo. Como se trata de um sítio de importância para a humanidade, o sistema de visitação é quase como um museu vivo, mas os pesquisadores acabaram fazendo descobertas que podem adiar essa abertura.
Na tumba da Faraó Hatshepsut, os pesquisadores encontraram uma pilha de lixo. Essa não é a primeira vez que esta pilha de lixo é encontrada, mas é a primeira vez que os pesquisadores se interessaram por ela. Ao todo, são mais de 15 metros de área repleta de lixo. É natural que agora a grande questão seja o porque destes destroços terem sido levados até aquele corredor.
Felizmente, se você é curioso, existe uma teoria para explicar essa descoberta. Os pesquisadores acreditam que a tumba foi preenchida de lixo por causa do volume de oferendas deixadas para a Faraó. “Esses itens foram originalmente deixados pelos antigos egípcios no santuário de Hathor acima da tumba. Sugerimos que às vezes havia tantas ofertas que não havia espaço vazio para novos objetos, e é por isso que os sacerdotes do templo de Hatshepsut os coletavam de vez em quando e os levavam para fora da área do templo, fazendo depósitos de lixo”, explicou o pesquisador Patryk Chudzik.