Históricas

Povos incas drogavam crianças antes de sacrifica-las

Antes da chegada dos espanhóis, a América do Sul foi palco de uma das principais civilizações do mundo. Essa civilização ficou conhecida em todo o mundo e trata-se dos Incas, um dos povos mais incríveis da história da humanidade. Os Incas se estabeleceram na região andina, onde hoje estão principalmente a Colômbia e pegando o norte da Argentina e Chile.

Existem muitas informações sobre essa civilização, mas cientistas continuam sendo capazes de fazer novas descobertas. Uma dessas descobertas acaba de ser publicada em uma prestigiada revista científica, a Journal of Archaeological Science. O que os pesquisadores descobriram é bastante surpreendente, e um tanto perturbador, mas parte da cultura construída naquela sociedade. Já era sabido que os incas sacrificavam crianças em algumas ocasiões, mas novas descobertas foram feitas graças ao avanço tecnológico.

A arqueologia é uma das ciências que mais desfruta, e cada vez depende mais, de novas tecnologias. Isso porque muitas descobertas agora passam por análises minuciosas, como testagem de DNA por exemplo. Com o avanço da tecnologia, muitas perguntas agora recebem respostas cada vez mais detalhadas. Dessa forma, a ciência tem sido capaz de alcançar novos conhecimentos que nunca chegaram a ser imaginadas.

As novas informações, publicadas na revista científica citada, dizem respeito ao ritual Capacocha. Este é um ritual sobre o qual a ciência já tinha conhecimento e que, agora, recebe ainda mais detalhes graças a tecnologia. O ritual era realizado em diversas ocasiões e com diversas funções, como por exemplo: acalmar vulcões, atrair ou encerrar chuvas, etc. Os sacrifícios seguiam um ritual muito específico e eram realizados em santuários que recebiam o nome de huacas ou wak’akuna.  Segundo as descobertas científicas, a escolha das crianças que seriam sacrificadas não tinha relação com o sexo, uma vez que fora encontrados restos mortais tanto femininos, quanto masculinos.

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A descoberta destes restos mortais também já havia revelado como as mortes costumavam acontecer, eram quatro formas de sacrifício principalmente: asfixia, um golpe na cabeça, estrangulamento e também sendo enterrados ainda vivos, mas inconscientes. Neste último caso, acredita-se que as baixas temperaturas também podiam causar a morte das crianças antes mesmo de serem enterradas. O novo estudo se concentrou especialmente em dois corpos localizados no cume do vulcão Ampato, as duas crianças foram encontradas sentadas.

Novamente, a tecnologia foi fundamental. Os estudiosos conseguiram realizar um teste toxicológico que revelou a presença de alucinógenos nos dois corpos. Segundo aponta o teste, os cientistas concluíram que as crianças eram sacrificadas sob efeito de drogas. Os pesquisadores acreditam que as crianças recebiam folhas de coca para mastigar, o que disparava a pressão arterial e causava uma sensação de euforia, bem-estar. Além das folhas de coca, os pesquisadores também acreditam que as crianças eram induzidas a tomar ayahuasca, o que induzia a um estado de alucinação. Pela falta de marcas de agressão, os pesquisadores também concluíram que as duas crianças devam ter sido enterradas vivas. Ambas foram encontradas enterradas a uma altitude de 5.800 metros de altitude e com marcas que sugerem que tenham sido atingidas por raios, mas já depois de mortas.

Sobre o Autor

Roberta M.

Gosto de escrever sobre diversos assuntos, principalmente curiosidades e tecnologia. Contato: [email protected]