Ciências

Partícula-fantasma, Partícula mais veloz que a luz

Um grupo de cientistas europeus chamou uma coletiva de imprensa para divulgar um fato que poderia revolucionar a física: eles descobriram, no instituto de pesquisa CERN, localizado perto de Genebra, na Suíça, que neutrinos injetados em um receptor em Gran Sasso, na Itália, haviam chegado em média a 60 nanossegundos mais rápido do que a velocidade da luz teria feito.

A descoberta dessas partículas sub-atômicas, que já estão sendo chamadas de “partículas-fantasma”, pode gerar uma ampla reavaliação das teorias sobre a composição do cosmos.

Segundo o físico Jeff Forshaw, professor da Universidade de Manchester, na Grã-Bretanha, a descoberta, se confirmada, poderia significar que é possível teoricamente “enviar informações para o passado”.

“A velocidade da luz é uma velocidade cósmica limite e existe para proteger a lei de causa e efeito, se algo viaja mais rápido do que a velocidade cósmica limite, então se torna possível enviar informações para o passado, em outras palavras, a viagem para o passado poderia se tornar possível. No entanto, isso não significa que estaremos construindo máquinas do tempo em algum momento próximo. Existe um grande abismo entre a viagem no tempo de um neutrino e a viagem no tempo de um ser humano”, afirmou o cientista.

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Ainda parece prematuro afirmar que essas partículas-fantasma realmente existem. Testes mais elaborados devem ser feitos para garantir a exatidão dessas medições.

A existência dessas partículas também jogaria por terra a Teoria da Relatividade Especial de Einstein, pela qual nada pode viajar mais rápido do que a luz, ou seja, nada seria mais rápido que 300 mil quilômetros por segundo porque sua massa se tornaria impossivelmente infinita.

Alguns físicos ainda permanecem céticos em relação à descoberta das chamadas partículas-fantasma, que poderiam viajar mais rápido que a luz.

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Juliana Miranda, Equipe do SitedeCuriosidades.com.

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