Históricas

A Destruição do Museu Nacional

O Museu Nacional tinha acabado de completar 200 anos, no dia 6 de junho. Veja!

Fundado por Dom João VI no ano de 1818, inicialmente foi sediado no Campo de Sant’Ana, e serviu para atender aos interesses de promoção do progresso cultural e econômico do país. O Museu Nacional tinha acabado de completar 200 anos, no dia 6 de junho. Tombado pelo patrimônio histórico, o edifício serviu de residência da família Real e Imperial brasileira.

Sendo uma das instituições científicas e antropológicas mais importantes da América Latina, contendo mais de 20 milhões de itens, o Museu Nacional é uma instituição autônoma, integrante do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro, vinculada ao Ministério da Educação.
Como museu universitário, possui um perfil acadêmico e científico. Suas exposições resultam da história da instituição e da excelência de suas atividades de pesquisa e ensino, cumprindo a finalidade precípua de produção e disseminação do conhecimento nas áreas de ciências naturais e antropológicas.

Fachada do prédio do Museu Nacional da UFRJ, (Palácio Imperial de São Cristóvão)
Fachada do prédio do Museu Nacional da UFRJ, Foto antiga

Acervo de outros países no Museu Nacional e que foram perdidos?

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Quinta da Boa vista, depois de 1808. Crédito da imagem: Biblioteca Digital Luso-Brasileira

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Do seu gigantesco acervo, destacavam-se, em exposição, a coleção egípcia, considerada a maior da América Latina, e que começou a ser adquirida pelo Imperador Dom Pedro I.

Da Imperatriz Teresa Cristina, existiam a coleção de arte e artefatos greco-romanos, peças recuperadas, principalmente, nas escavações realizadas em Herculano e Pompéia. As coleções de Paleontologia incluíam o Maxakalissaurus topai, uma espécie de dinossauro proveniente de Minas Gerais.

O mais antigo fóssil humano já encontrado no país, carinhosamente batizado de “Luzia”, também podia ser apreciado na coleção de Antropologia Biológica. Nas coleções de Etnologia, alguns objetos expostos mostravam a riqueza da cultura indígena, cultura afro-brasileira e culturas do Pacífico.

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Luzia, O mais antigo fóssil humano do Brasil
Luzia, O mais antigo fóssil humano do Brasil

Na parte de Zoologia, destacavam-se as Conchas, os Corais, as Borboletas, que faziam parte das mostras dos Departamentos de Invertebrados e Entomologia.

Com uma perda inestimável, o Museu vinha sofrendo cortes da UFRJ desde o ano de 2014, antes mesmo de ter a “PEC do Teto”. Existem documentos que mostram que a Universidade Federal tinha outras prioridades culturais.

Museu Nacional

Prédio destruido depois do fogo
Crédito da foto: Uol.

Com isso, desde 2014, o Museu Nacional não vinha recebendo o valor total das verbas que eram destinadas para a sua manutenção. Com isso, o que se via era um patrimônio que aparentava claros sinais de má conservação.

Quem é o responsável pelo Museu?

O Museu Nacional é subordinado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ.

Onde fica o Museu?

O Museu está localizado na Quinta da Boa Vista, no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro-RJ.

Veja no mapa

Qual é o futuro do Museu Nacional?

A perda que o Museu Nacional teve foi algo que lastima qualquer um. Aquilo que foi queimado, já não fará mais parte e a história do país e do mundo, foi levada pelo vento, assim como as cinzas e as fumaças do incêndio.

Mas nem tudo está perdido. Existe sim, um futuro para o Museu Nacional e, para início, ele já conta com um acervo que será exposto com um milhão de itens, além daqueles que estão sendo doados aos poucos.

Boa parte das peças não foram destruídas pelo incêndio, pois estavam em anexos do Museu que não chegaram a ser atingidos pelas chamas.
É um começo. A história ainda respira por aparelhos no Brasil!

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