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Estudo mostra que pessoas que desistem de lutar pela vida têm mais chances de morrer

Pacientes diagnosticados com doenças graves que se abatem e desistem de lutar pela cura têm risco aumentado de morte. Saiba mais!

Ser diagnosticado com uma doença grave é sempre um trauma, uma condição que traz medo, fragilidade e insegurança. Mas a forma como as pessoas reagem a este tipo de comunicado médico tem grande impacto na capacidade de cura.

Uma pesquisa recente, feita na Universidade de Portsmouth, mostrou que pessoas que desistem de lutar pela vida têm mais chances de morrer, enquanto aquelas que apresentam fé e uma atitude positiva possuem mais condições para a cura.

Em resumo, o estudo indicou que as pessoas podem simplesmente morrer porque desistiram da vida ou sentiram que a derrota era inevitável. A pesquisa foi feita pelo Dr. John Leach, pesquisador sênior da Universidade de Portsmouth. Ele foi o primeiro profissional a descrever os marcadores clínicos decorrentes da desistência da busca pela cura, conhecida clinicamente como morte psicogênica.

De acordo com a pesquisa, em face de um grande trauma, é comum que as pessoas entendam que a morte é o único resultado racional a se esperar. Para o Dr. Leach, “a morte psicogênica é real. Não se trata de suicídio e também não está ligada à depressão, mas simplesmente ao ato de desistir da vida”. Nestes casos, é comum que o paciente morra dentro de poucos dias.

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A pesquisa descreve detalhadamente os cinco estágios que levam ao declínio psicológico progressivo e à desistência da vida. Ocorre uma alteração no circuito frontal-subcortical do cérebro, que faz com que a pessoa tenha uma motivação maior para desistir de viver. Isso acontece porque um trauma grave pode provocar o mau funcionamento do cérebro.

Hospital, atendimento de emergencia

Confira quais são os cinco estágios que levam à desistência de viver:

1. Retirada social – Pessoas com um trauma psicológico grave tendem a se retrair e desenvolvem apatia e falta de emoção. Nessa fase, já começam a se retirar da vida e se tornam passivos.

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2. Apatia – Em seguida, acontece um processo de morte emocional ou simbólica. A pessoa demonstra profunda apatia, melancolia e já não se esforça mais por autopreservação.

3. Falta de motivação – O terceiro estágio é uma grave falta de motivação associada a uma resposta emocional reduzida. A pessoa vive com extrema falta de iniciativa e incapacidade de tomar decisões. Nesta fase, pode desistir de comer, de tomar banho e realizar outras atividades básicas para a sobrevivência. A mente fica vazia e em estado de espera.

4. Falta de sensibilidade a dores – O quarto estágio consiste em apresentar falta de sensibilidade a dores extremas. Essa falta de resposta à dor é descrita como acinesia psíquica.

5. Morte psicogênica – O estágio final é a própria desintegração de uma pessoa. Nesta fase, nada consegue fazer com que a pessoa tenha vontade de viver. É como estar bem perto da morte.

A conclusão de todos estes estágios faz com que uma pessoa morra simplesmente por ter desistido da vida. Em geral, a morte desses pacientes acontece em apenas três semanas, caso eles não recebam a ajuda adequada.

Segundo o Dr. Leach, a motivação é essencial para lidar com a vida e, se isso falhar, a apatia é quase inevitável.

Fonte: Eurek Alert

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