Mundo Bizarro

As pessoas estão comendo carne podre e porque isso é perturbador

A internet é um ambiente virtual maravilhoso, onde várias coisas incríveis acontecem a todo momento. Pesquisas simples podem te colocar em contato com grandes descobertas, curiosidades incríveis, fatos desconhecidos… mas, ao mesmo tempo, a internet também é o terreno de muitas coisas inacreditáveis, as vezes perturbadoras. Um problema ainda maior sobre isso é que, na internet, as pessoas conseguem tornar coisas perturbadoras em verdadeiras tendências, e acabam sendo copiadas, gerando uma onda.

Uma dessas ondas, que é o tópico desse texto, já existe há algum tempo. No entanto, agora vem ganhando mais força e mais apoiadores. Você não imaginaria algo assim, mas as pessoas estão consumindo carne podre e, mais do que isso, estimulando o consumo de carne podre. Não é piada, nem exagero. As pessoas estão deixando carne estragar, de propósito, apenas para poder come-las já estragadas.

A tendência ganhou o nome de “high meat”, em inglês. Em uma tradução livre, significa “carne alta”, mas adaptando ao sentindo proposto, pode-se entender como “onda da carne”. Isso em referência a efeitos psicóticos já que, quem consome essa “modalidade” de carne, garante ter experiências de “euforia”.

É claro que a prática é muito questionável, até polêmica. Os cientistas foram capazes de descobrir que o ser humano já usava o fogo para cozinhar a carne de caça mesmo há 300 mil anos atrás. Ainda assim, existem pessoas dispostas a comer carne crua e, muitas vezes, podre em pleno século 21. Boa parte dessas pessoas alega que o cozimento da carne é apenas uma convenção social e não necessariamente fundamental para a alimentação humana. É claro que essa argumentação tem suas falhas, afinal de contas o cozimento da carne elimina bactérias que podem oferecer dano a saúde humana, mas o pensamento é livre.

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Até aqui no texto você já leu sobre o consumo de carne podre algumas vezes, mas talvez ainda não tenha tido a perspectiva real do que estamos falando. O “high meat” se refere ao consumo de carne crua e geralmente passada, mas alguns adeptos vão cada vez mais longe. Observe neste vídeo, este rapaz apresenta um vidro e garante que aquilo ali é carne crua apodrecida por um ano. Diante da câmera, e de nossos olhos, ele come o conteúdo do vidro.

É bom avisar que o vídeo pode ser desagradável, até perturbador. O homem, que se identifica apenas como “sv3rige”, não esconde o desconforto em comer o “high meat” e, por vezes, parece segurar o vomito.

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Apesar de parecer uma ideia estranha, não é preciso muito para encontrar mais vídeos, artigos e publicações sobre a prática. Ainda assim, com tudo que já foi exposto até aqui, você deve estar se perguntando: afinal de contas, faz mal pra saúde?

A resposta para isso é: depende. O consumo de carne crua não é novidade no mundo, muito pelo contrário. A carne foi consumida muitos e muitos anos, até a popularização do fogo e das técnicas de cozimento. Inclusive, mesmo depois do fogo, o consumo de carne crua permaneceu. Até hoje existem pratos crus muito valorizados, como o steak tartare, por exemplo.

O problema, que se apresenta em muitos dos vídeos de “high meat” e acaba sendo reproduzido por adeptos da prática, é quando a carne apodrece dando espaço a bactérias prejudiciais a saúde. Você deve conhecer as técnicas de fermentação ou ressecamento da carne, certo? Essas técnicas funcionam para transformar o estado da carne, mas sem abrir espaço para bactérias perigosas. A carne seca é um bom exemplo da prática de ressecamento, fazendo uso do sal. O problema, quando o assunto é carne, é o consumo de carne “deixada para apodrecer” sem nenhuma técnica que previna a proliferação de bactérias ruins.

Sobre o Autor

Roberta M.

Gosto de escrever sobre diversos assuntos, principalmente curiosidades e tecnologia. Contato: [email protected]