Ciências

Estudo investiga o que aconteceria com o planeta diante de uma guerra nuclear

Créditos: Razvan Ionut Dragomirescu/Shutterstock
Créditos: Razvan Ionut Dragomirescu/Shutterstock

O mundo possui, em sua história recente, tragédias nucleares que continuam latentes na memória. Seja a tragédia da explosão em Chernobyl, sejam as bombas atômicas dos Estados Unidos em Hiroshima e Nagasaki, no Japão. A destruição causada por esses eventos não é pouca e causa consternação até hoje. Afinal de contas, por que usar armas nucleares? Depois da Guerra, houveram tratados e acordos para que os países não investissem mais nesse tipo de armamento. Ainda assim, o que acontece é que as grandes potências continuam desenvolvendo armas nucleares.

A existência de armas nucleares levanta uma questão muito importante e válida: quais seriam os riscos de uma nova guerra, dessa vez baseada apenas em armas nucleares? A pergunta é justificada já que estas seriam as armas de destruição em massa e, provavelmente, o que os países usariam se houvesse uma nova Grande Guerra. A ambição de vencer uma guerra pode colocar o planeta em risco?

Um estudo divulgado no Journal of Geophysical Research: Atmospheres tenta responder essa pergunta. E, para se ter ideia do tamanho do problema, o estudo não trouxe conclusões animadoras, pelo contrário. O que os pesquisadores descobriram é que uma eventual guerra nuclear poderia comprometer mais de uma década do planeta, em questão de mortes imediatas e mudanças climáticas.

Isso significa dizer que eventuais bombas e demais armas nucleares certamente causariam a morte imediata de dezenas, talvez centenas e milhares, de pessoas que estivessem expostas diretamente. Além disso, a radiação também causaria danos permanentes e duradouros na saúde da região, o que engloba todo o ecossistema, desde o solo, ar, água e a própria vida humana. No entanto, o que os pesquisadores concluíram é que o próprio planeta sofreria com mudanças climáticas de amplo alcance e não apenas local.

ANÚNCIOS

“Embora suspeitássemos que o ozônio seria destruído após a guerra nuclear e isso resultaria em aumento da luz ultravioleta na superfície da Terra, se houvesse muita fumaça, isso bloquearia a luz ultravioleta. Agora, pela primeira vez, calculamos como isso funcionaria e quantificamos como isso dependeria da quantidade de fumaça”, declarou Alan Robock, cientista climático da Rutgers University, em Nova Jersey.

Na prática, isso significa que uma guerra nuclear poderia danificar a camada de ozônio e isso deixaria a Terra ainda mais exposta ao sol. O resultado disso? Para o ser humano diretamente, câncer de pele seria um problema muito mais normal e corriqueiro do que se vê atualmente. Afinal de contas, a pele humana não possui mecanismos de defesa e proteção contra o sol em alta radiação e exposição. Mas não para por aí, a Terra sofreria alterações em absolutamente todos os ciclos. Processos agrícolas se perderiam por completo, além de alterações nos mares e rios.

Em resumo, é provável que o planeta Terra seja capaz de se recuperar desses danos e adaptar seu ecossistema. O mesmo, no entanto, não pode ser dito sobre o ser humano. Caso a raça humana fosse capaz de sobreviver, ela certamente precisaria enfrentar décadas de escassez e falta de recursos, além do aumento da radiação solar sobre a pele.

Sobre o Autor

Roberta M.

Gosto de escrever sobre diversos assuntos, principalmente curiosidades e tecnologia. Contato: [email protected]