Ciências

NASA envia esperma humano para a Estação Espacial Internacional

O objetivo é estudar como a microgravidade afeta a motilidade dos espermatozoides!

A NASA divulgou que enviou amostras de esperma humano para a Estação Espacial Internacional. O material foi levado pela CRS-14, uma cápsula de reabastecimento da Estação Espacial Internacional.

Além do esperma humano, a cápsula também levou ferramentas, alimentos, equipamentos e experimentos científicos. O objetivo de levar o esperma para o espaço é estudar como a microgravidade afeta a motilidade dos espermatozoides.

Os estudiosos relataram que o esperma será descongelado no espaço para investigar como ele age em condições de gravidade zero. De acordo com a NASA, o experimento é chamado Micro-11 e a intenção é investigar o desempenho dos espermatozoides na microgravidade, a fim de compreender se a reprodução humana poderia ocorrer no espaço.

Além disso, o estudo também pretende avaliar o movimento do esperma sem a interferência da gravidade e como isso poderia revelar processos que não são possíveis na Terra.

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Estudos anteriores com espermatozoides no espaço já sugeriram que a falta de gravidade pode causar problemas para a função reprodutiva.

mobilidade dos espermatozoides, espaço

Como sabemos, para que haja a fecundação, é preciso que o espermatozoide encontre o óvulo e que eles se fundam. Mas, antes disso, é necessário que o espermatozoide seja ativado e comece a se deslocar, ou seja, a nadar rapidamente em um fluido até chegar ao óvulo. Os pesquisadores acreditam que este tipo de comportamento não aconteça como planejado em microgravidade.

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Experimentos anteriores mostraram que o movimento de ativação pode acontecer mais rapidamente na microgravidade. Segundo a NASA, problemas neste estágio podem impedir que a fertilização aconteça no espaço.

No experimento, os astronautas irão descongelar os espermatozoides de 12 humanos e de seis touros. Em seguida, irão usar um produto químico para ativar metade das amostras, a fim de filmar o movimento dos espermatozoides usando uma câmera microscópica.

Os pesquisadores usarão o espermatozoide como um controle de qualidade, para garantir que sejam capazes de detectar pequenas mudanças em ambos os tipos de amostras. A ideia por trás do experimento é saber se o sistema reprodutivo humano funcionaria no espaço pensando no futuro, quando, provavelmente, o homem passará mais tempo fora da Terra e, talvez, se estabeleça com a colonização de planetas como Marte, por exemplo.

Segundo Joseph Tash, pesquisador do Centro Médico da Universidade de Kansas, “um dos interesses de longo prazo da NASA é olhar para a sobrevivência multi-geracional enquanto planeja missões de duração mais longa fora da Terra”.

Até hoje, as pesquisas já realizadas mostraram que os mamíferos não se dão muito bem no espaço. Em 1979, a Rússia tentou criar ratos no espaço e dois animais ficaram à espera de filhotes, mas ambos abortaram.

Fonte: Smithsonianmag.

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