Mundo Bizarro

Os Misteriosos Círculos de Fadas da Namíbia

Durante anos, os cientistas ficaram intrigados com estes círculos. Saiba mais!

Chamado de círculos de fadas, o deserto da Namíbia (África) são áreas estéreis que são curiosamente cercadas por uma vegetação perene que pode atingir até 35 metros de largura.

O padrão desses círculos é caracterizado pelo espaçamento regular e arranjo hexagonal. Embora padrões de vegetações regulares sejam comuns na natureza, a comunidade científica concorda com a motivação que articula. A verdade é que existem várias hipóteses sobre a origem destes círculos. Mas qual é afinal origem dessas formações estranhas?

Hipóteses

Uma aponta para a ação de cupins que criariam grandes círculos na areia. A outra diz que ocorre a interação entre a água escassa e plantas que criam esses padrões. Durante anos, os cientistas ficaram intrigados com estes círculos e foram reunindo pesquisas em torno destas duas hipóteses consideradas antagônicas: ou são cupins ou são plantas.

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Círculos de Fadas da Namíbia de Cima

Bem, de acordo com o estudo realizado pelo Departamento de Ecologia e Biologia Evolucionária na Universidade de Princeton (EUA) e publicado na revista Nature, as duas hipóteses são válidas. Para conciliar as duas perspectivas através de modelos de simulação, eles descobriram que ambos os cupins na areia (Psammotermes allocerus) como a vegetação, converge para o surgimento dos famosos círculos de fadas; isto é, os dois formam uma causa conjunta desses padrões regulares e auto – organização. A pesquisa foi validada por dados de campo de quatro continentes: África, América do Norte, América do Sul e Austrália.

“De acordo com nossa teoria, é necessária a interação entre cupins e vegetação para reproduzir as características que foram consideradas até agora mais importantes dos círculos das fadas da Namíbia”, diz o especialista em física ecologia teórica e co-autor da revista Nature, Juan Bonachela.

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Círculos de Fadas da Namíbia de Perto

A ação destes insetos sobre a distribuição do solo e da planta foi descrito num estudo anterior na mesma linha de pesquisa, publicado em 2013 por Norbert Jürgens. O estudo indicou que os cupins comem a vegetação que cresce com as chuvas intermitentes no deserto. Este processo resulta na formação de anéis de perene vegetação, que proporcionam a sobrevivência prolongada do ecossistema de térmitas de areia, promovendo a biodiversidade local.

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